sábado, 13 de dezembro de 2014

Taxa de juros sobe, qual é o impacto no bolso do consumidor?

No início do mês o COPOM (Comitê de Política Monetária) aumentou a taxa básica de juros da economia, SELIC, que estava em 11,25% ao ano para 11,75% ao ano. A SELIC é uma média de todas as taxas de juros da economia brasileira e também serve como referencia para a renumeração de títulos públicos. Quando essa taxa sobe, os juros da economia seguem o mesmo caminho.
Com o aumento de 0,5%, o consumidor já pode perceber que os empréstimos, parcelamentos de crediários e financiamentos ficarão mais caros, principalmente nesse fim de ano e o inicio de 2015. Em média, quem toma um empréstimo pagará 0,5% a mais de juros, mas essa não é uma regra. Algumas instituições financeiras (Bancos ou financeiras) optam por não aumentarem suas taxas na mesma proporção, podendo a mesma ter diferentes variações entre as instituições. Esse aumento da taxa SELIC é o resultado de uma política do governo pra segurar a inflação.
Um exemplo interessante sobre esse aumento das taxas de juros é que quem optou em fazer um empréstimo pessoal há dois meses no valor de R$1000,00, pagaria ao final de 12 parcelas um valor total de R$1994,04. Com um aumento de meio ponto percentual esse valor passaria para R$2109,98 se esse mesmo empréstimo fosse realizado hoje. Um aumento de R$115,94 ou uma variação de 5,81%. Sem dúvida para conter a inflação o governo usa um dos artifícios que custam mais caro para a população que é o aumento nos juros.


Tiago Albano/ Economista       

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Uma nova esperança

Economia e Política: Uma nova esperança

Há quase duas semanas (exatamente em 27 de novembro) o governo anunciou o novo ministro da fazenda, Joaquim Levy. Um economista com fama de ”Pão duro” no que se refere aos gastos públicos. Levy por sua vez tem um currículo respeitável. Trabalhou no FMI e foi economista do banco central europeu. Em sua carreira pública, foi secretário da fazenda do Rio de Janeiro, secretário do tesouro nacional e secretário de politica econômica do ministério da fazenda. Levy tem como convicção que para manter o orçamento equilibrado é preciso que as despesas cresçam em ritmo menor que as receitas, justamente um dos pilares mais criticados nos últimos quatro anos de governo.
Então o que devemos esperar desse “novo” ministro, ou melhor, o que devemos esperar do governo quanto a essas mudanças? O cenário mais provável para reequilibrar as contas publicas são, os aumentos de impostos, redução dos gastos públicos que podem ter como consequência um corte significativo de repasse de recurso do tesouro nacional ao BNDES, a volta da CIDE ( tributo cobrado sobre a gasolina e o óleo diesel) e a queda da desoneração ( uma colher de chá dada pelo governo em forma de tributos  para alguns setores da economia). Só com a desoneração o governo deixou de arrecadar cerca de 80 bilhões de reais em 2014. Muita grana né !!!!!!!!!.
Mesmo com histórico de ser linha dura, veremos no próximo ano se realmente Levy irá ter toda liberdade para endireitar os gastos públicos. Visto que o governo para fazer “bonito” frente à população, como é de costume pode manter o déficit publico como estão, apenas por politicagem, e ao final dizer que estão investindo muito na economia. De fato sem investimento o país não cresce e também não tira pessoas da miséria, mas é preciso ter consciência quanto aos gastos públicos, visto que quem paga a conta no final é a população. Isso não deve servir apenas para o governo central, mas também para estados e municípios que também não seguem essa “cartilha’’. O novo ministro então terá muitos desafios pela frente. 1) A  começar pela inflação. Mesmo com a meta  do governo de 6,5% a inflação já estourou o teto chegando em 2014 em 6,59% (IPCA). 2)  A arrecadação de impostos caiu e divida só aumenta. 3) O BNDES empresta cada vez mais dinheiro para empresas, instituições e projetos, mas o país não cresce. 4) Os salários aumentam acima da produtividade da indústria, efeito que pressiona ainda amais a inflação. 5) Os Bancos Público ofertam muito mais crédito em relação aos bancos privados.
Sem dívida teremos um cenário de muita incerteza para 2015, mas com a reputação de Joaquim Levy, podemos ainda ter esperança da retomada ao crescimento.

Tiago Albano/ Economista





sábado, 29 de novembro de 2014

Politica e economia

Politica e economia

Desde a reeleição da Presidente Dilma Rousseff no fim de outubro, recaiu sobre a população, como o governo conduzirá a economia nos próximos quatro anos de mandatos. A Consultoria TENDÊNCIAS traçou três cenários possíveis para a construção da politica econômica no segundo mandado, e acredite a previsão não é nem um pouco otimista.
No primeiro cenário (60% de probabilidade) tido como o mais provável, a inflação segue acima da meta. 2014, 2015 e 2018 seguem em 6,4%,6,3% e 6,2%( IPCA) respectivamente. A média de crescimento da economia entre 2015 e 2018 é de 1,6%. A economia americana, por exemplo, em 2014 deve ter um crescimento acima de 3% e a economia Chinesa 7,5%. Essas duas economias estão em recuperação e podem ter crescimento alavancado nos próximos anos.  Já a economia brasileira deve ficar em 2014 com crescimento entre 0,2 a 03%. Para 2015 a previsão é de apenas 1%. Um ponto interessante é a presidente Dilma durante o processo eleitoral disse: “nós estamos em uma crise mundial”.
Um segundo senário um pouco pessimista (com 30% de probabilidade), a inflação não sofre alteração significativa, mas o PIB apresenta média entre 2015-18 de 0,4% de crescimento. Já um terceiro cenário já bem mais otimista, mas pouco provável ( 10% de probabilidade) os índices de preços fecham 2018 em 5% (IPCA) , bem abaixo do centro da meta estipulada pelo governo. Já o crescimento econômico apresenta media para os quatro próximos anos de 2,4%.
O governo Dilma nesses quatros últimos mandatos caíram em uma “armadilha”, que levaram o país a uma recessão. Um exemplo são os gastos do governo, muito exagerado.  Em quatro anos o governo atual gastou o equivalente a doze anos dos governos anteriores ( Fernando Henrique e Lula). Segundo a consultoria Tendências entre 1998 a 2010, a variação do gasto público foi de 2,4% enquanto 2010 a 2014 variação ficou em 2,1%. O motivo dessa variação  aumento nos gastos)  em um período curto é justificada pelo empréstimo do tesouro ao BNDES, subsídios, redução da CIDE ( contribuição sobre importação e comercialização de combustível) que somam 550 bilhões de reais. Com todos esses fatores, resultou em um aumento na dívida publica que passou de 53,41% do PIB em 2010 para 61,71% em 2014. Isso sem dívida pode trazer para 2015, aumento nos tributos e a redução dos gastos públicos que podem significar o corte de grandes investimentos, principalmente aos empréstimos do tesouro nacional para BNDES. Nesse mês o governo anunciou o amento nos preços da gasolina e do diesel, ambos 3 e 5% respectivamente. Esse anúncio de aumento dos preços nos quais já estavam defasados, só não foi feito antes para não atrapalhar a candidatura da presidente, questões politicas que não devem de maneira alguma interferir na economia.
O cenário internacional também preocupa muito. O dólar está em trajetória de valorização, o que tornará mais caro importar, pressionando a inflação. Os fluxos de investimentos também estão se invertendo, saindo dos países emergentes para economia americana, visto que a mesma já apresenta sinais de recuperação.  Sem investimento vindo de fora o país terá modestas condições de crescimento dado que esse é um dos pilares para sairmos da recessão.


Tiago Albano/ Economista       

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Poupança

29/09/2014
Afinal, investir em Poupança é vantajoso?

Nós nos deparamos todos os dias através das mídias como; jornais, revistas, internet e redes sociais sobre a importância de guardamos nosso dinheiro e aplicá-lo bem. Pois bem, faremos uma simulação dessa modalidade de investimento.

Imagine que Peter tenha R$1000,00 e queira investir na caderneta de poupança, deixando o valor aplicado em por 12 meses.

Hoje ( 29/09) a poupança diária está cotada em 0,5707% ao dia. Esse mesmo valor acumulado em 12 meses (1ano) ficaria em torno de 6,8484 % ao ano. Isso renderia a Peter ao final de 12 meses R$ 1068,48, ou seja, teve um ganho (rentabilidade) de R$ 68,48.
MAS NÃO É SÓ ISSO, FALTA ALGUMA COISA!!!!!!!!!!!!
Algo que dificilmente um gerente de banco irá lhe dizer nessa situação, é que os produtos, mercadorias,  serviços, etc ,tem seus preços subindo todos os anos. E isso se chama INFLAÇÃO.
É Algo que temos que tomar o máximo de cuidado, pois, a Inflação medida pelo IPCA no acumulado de 12 meses, está em 6,51% ao ano, o que significa que boa parte da rentabilidade de Peter será corroída pela inflação. Nesse Caso Peter receberia sim os R$ 1068,48 ao final de 12 meses, mas, o valor real ganho por ele seria de R$ 1002,78, ou seja,  R$ 2,78 de rentabilidade. Lembrando que os R$ 1068,48, auferidos por Peter é uma “ ilusão” de ganho.
Em breve iremos postar outras opções de investimento 

Fontes dos dados (Banco central do Brasil)

Tiago Albano de Souza/ Economista  

Taxa de juros ( matéria de 2014)


Como estão as taxas de juros praticadas pelo mercado

FUJA DO CHEQUE ESPECIAL, VEJA ALGUMAS ALTERNATIVAS
Em 7/10 publicamos uma matéria sobre o cheque especial na qual alertamos os consumidores a tomarem muito cuidado com a utilização desse mecanismo. É possível notar em extratos de conta corrente o quanto à instituição financeira cobra de juros de cheque especial. Um ponto importante é que quando usado, (limite de cheque especial) normalmente as instituições oferecem prazos que variam de 3 a 11 dias sem juros. Após esse período já incide juros e mais 2% de multa por atraso. Alertamos aos consumidores a usarem o cheque especial somente em situações emergenciais e não como um empréstimo para cobrir pagamento de outras dívidas ou para uso pessoal e mesmo assim se usar use por pouco tempo. Sendo assim listamos algumas modalidades de crédito e comparamos com o cheque especial com simulações de valores:
CONSIGNADO INSS ( modalidade destinada a pensionistas ou aposentados)
Valor utilizado emprestado)  R$ 1000,00, taxa de juros 1,87% a.m
12 parcelas de R$ 93,82, acumulando no total um valor pago de R$ 1125,84
se o consumidor utilizasse o cheque especial com esse mesmo valor,  e deixasse de ressarcir o banco durante 1 ano o valor total seria de R$ 2956,83, com juros de 9,45% a.m.  OBS: nunca use o cheque especial como um empréstimo . ( utilizando o cheque especial com prazos inferiores, como por exemplo um  mês, o valor pago ou da dívida será de R$ 1094,55) ou seja só para usar o limite por apenas um mês irá custar ao consumidor R$ 94,55. Utilizando o consignado por um mês o valor seria R$ 1018,74. São apenas R$ 18,74, Muita diferença !!!

CDC ou crédito pessoal
Taxa de juros de 5,92% a.m, e com valor de RS1000,00, o consumidor pagará 12 parcelas de R$ 166,17 acumulando um total de R$ 1994,04.

Essas taxas de juros são uma média cobrada pelos principais bancos, no entanto é necessário que o consumidor pesquise de banco a banco e compare qual taxa de juros é mais atraente, pois estas podem variar muito de banca para banco. apesar de um número cada vez maior de bancos e financeiras oferecendo empréstimo, é preciso estar atento a não comprometer mais do que 30% da renda  mensal.

Veja as principais taxas do mercado
Cartão de crédito (rotativo)  9,76% a.m ( média entre as principais instituições)
Cheque especial  9,44% a.m, podendo chegar a 199,84% a.a
Crédito pessoal  5,92% a.m.
Financiamento de veículos 2% a.m
Consignado INSS 1,87% a.m

Fontes: Banco central do Brasil.
OBS: Em ralação a matéria publicada em 7/10, há diferenças nos dados das taxas de juros, pois as mesmas variam  diariamente conforme o Banco Central informa .

Tiago Albano de Souza / economista 


Finanças


07/10/2014
FUJA DO CHEQUE ESPECIAL
É uma grande tentação quando retiramos o extrato do banco e notamos que não há saldo em nossa conta corrente, mas a mesma se dispõe de uma quantia em dinheiro que varia de banco para banco e de cliente para cliente, o chamado cheque especial ou limite de cheque especial.  Nesse caso o correntista deve tomar cuidado, pois esse dinheiro (que está na conta do correntista) de certa forma não lhe pertence.  Ao entrar no cheque especial, o consumidor deve tomar cuidado, pois ao utiliza-lo pode gerar tarifas e encargos muito elevados.
Segundo informações do Banco central do Brasil a taxa média de juros do cheque especial em média 200,63% ao ano, entre os principais bancos do Brasil. Utilizar o cheque especial na prática é um empréstimo que o consumidor está tomando junto da instituição financeira, mas essa informação não é muito usual entre os bancos. Uma alternativa ao consumidor é o CDC (crédito direto ao consumidor) onde, pode-se obter “dinheiro” com juros bem menores ou um consignado. Um levantamento também feito pelo Banco Central, às taxas de juros para essa modalidade de crédito ( CDC) em média gira em torno de 4,03% ao mês, e 60,76% ao ano. Muita diferença. Afinal faça um bom uso de seu dinheiro. Cuide bem dele!!!!!!!!!!!!!!
Em breve mais publicação sobre o assunto

Tiago Albano / Economista