Economia e Política: Uma nova
esperança
Há quase
duas semanas (exatamente em 27 de novembro) o governo anunciou o novo ministro
da fazenda, Joaquim Levy. Um economista
com fama de ”Pão duro” no que se refere aos gastos públicos. Levy por sua vez
tem um currículo respeitável. Trabalhou no FMI e foi economista do banco
central europeu. Em sua carreira pública, foi secretário da fazenda do Rio de
Janeiro, secretário do tesouro nacional e secretário de politica econômica do
ministério da fazenda. Levy tem como convicção que para manter o orçamento
equilibrado é preciso que as despesas cresçam em ritmo menor que as receitas,
justamente um dos pilares mais criticados nos últimos quatro anos de governo.
Então o que
devemos esperar desse “novo” ministro, ou melhor, o que devemos esperar do
governo quanto a essas mudanças? O cenário mais provável para reequilibrar as
contas publicas são, os aumentos de impostos, redução dos gastos públicos que
podem ter como consequência um corte significativo de repasse de recurso do
tesouro nacional ao BNDES, a volta
da CIDE ( tributo cobrado sobre a
gasolina e o óleo diesel) e a queda da desoneração
( uma colher de chá dada pelo governo em forma de tributos para alguns setores da economia). Só com a
desoneração o governo deixou de arrecadar cerca de 80 bilhões de reais em 2014. Muita grana né !!!!!!!!!.
Mesmo com
histórico de ser linha dura, veremos no próximo ano se realmente Levy irá ter
toda liberdade para endireitar os gastos públicos. Visto que o governo para
fazer “bonito” frente à população, como é de costume pode manter o déficit publico
como estão, apenas por politicagem, e ao final dizer que estão investindo muito
na economia. De fato sem investimento o país não cresce e também não tira
pessoas da miséria, mas é preciso ter consciência quanto aos gastos públicos,
visto que quem paga a conta no final é a população. Isso não deve servir apenas
para o governo central, mas também para estados e municípios que também não seguem
essa “cartilha’’. O novo ministro então terá muitos desafios pela frente. 1) A começar pela inflação. Mesmo com a meta do governo de 6,5% a inflação já estourou o teto chegando em 2014 em 6,59% (IPCA). 2) A arrecadação de impostos
caiu e divida só aumenta. 3) O BNDES
empresta cada vez mais dinheiro para empresas, instituições e projetos, mas o
país não cresce. 4) Os salários
aumentam acima da produtividade da indústria, efeito que pressiona ainda amais
a inflação. 5) Os Bancos Público
ofertam muito mais crédito em relação aos bancos privados.
Sem dívida
teremos um cenário de muita incerteza para 2015, mas com a reputação de Joaquim
Levy, podemos ainda ter esperança da retomada ao crescimento.
Tiago Albano/
Economista
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