Politica e economia
Desde a
reeleição da Presidente Dilma Rousseff no fim de outubro, recaiu sobre a
população, como o governo conduzirá a economia nos próximos quatro anos de
mandatos. A Consultoria TENDÊNCIAS traçou três cenários possíveis para a
construção da politica econômica no segundo mandado, e acredite a previsão não
é nem um pouco otimista.
No primeiro cenário (60% de probabilidade) tido como o mais provável,
a inflação segue acima da meta. 2014, 2015 e 2018 seguem em 6,4%,6,3% e 6,2%( IPCA)
respectivamente. A média de crescimento da economia entre 2015 e 2018 é de 1,6%. A economia americana, por
exemplo, em 2014 deve ter um crescimento acima de 3% e a economia Chinesa 7,5%.
Essas duas economias estão em recuperação e podem ter crescimento alavancado nos
próximos anos. Já a economia brasileira
deve ficar em 2014 com crescimento entre 0,2
a 03%. Para 2015 a previsão é de apenas 1%. Um ponto interessante é a presidente Dilma durante o processo
eleitoral disse: “nós estamos em uma crise mundial”.
Um segundo senário um pouco pessimista (com 30% de
probabilidade), a inflação não sofre alteração significativa, mas o PIB
apresenta média entre 2015-18 de 0,4%
de crescimento. Já um terceiro cenário já bem mais otimista, mas pouco provável
( 10% de probabilidade) os índices de preços fecham 2018 em 5% (IPCA) , bem
abaixo do centro da meta estipulada pelo governo. Já o crescimento econômico apresenta
media para os quatro próximos anos de
2,4%.
O governo Dilma nesses quatros últimos mandatos caíram em uma
“armadilha”, que levaram o país a uma recessão. Um exemplo são os gastos do
governo, muito exagerado. Em quatro anos
o governo atual gastou o equivalente a doze anos dos governos anteriores (
Fernando Henrique e Lula). Segundo a consultoria Tendências entre 1998 a 2010,
a variação do gasto público foi de 2,4%
enquanto 2010 a 2014 variação ficou em
2,1%. O motivo dessa variação aumento
nos gastos) em um período curto é
justificada pelo empréstimo do tesouro ao BNDES, subsídios, redução da CIDE (
contribuição sobre importação e comercialização de combustível) que somam 550
bilhões de reais. Com todos esses fatores, resultou em um aumento na dívida
publica que passou de 53,41% do PIB
em 2010 para 61,71% em 2014. Isso sem
dívida pode trazer para 2015, aumento nos tributos e a redução dos gastos
públicos que podem significar o corte de grandes investimentos, principalmente aos
empréstimos do tesouro nacional para BNDES. Nesse mês o governo anunciou o amento
nos preços da gasolina e do diesel, ambos 3 e 5% respectivamente. Esse anúncio
de aumento dos preços nos quais já estavam defasados, só não foi feito antes
para não atrapalhar a candidatura da presidente, questões politicas que não
devem de maneira alguma interferir na economia.
O cenário internacional também preocupa muito. O dólar está
em trajetória de valorização, o que tornará mais caro importar, pressionando a
inflação. Os fluxos de investimentos também estão se invertendo, saindo dos países
emergentes para economia americana, visto que a mesma já apresenta sinais de
recuperação. Sem investimento vindo de
fora o país terá modestas condições de crescimento dado que esse é um dos
pilares para sairmos da recessão.
Tiago Albano/ Economista